sábado, 25 de dezembro de 2010

Porto Alegre Parte II



Quando morava em Fortaleza, sempre pensei em como seria quando eu conhecesse Porto Alegre. Que sensação sentiria, o que gosta ria de conhecer primeiro em relação à Elis etc. Não lembro exatamente o que visitei primeiro, mas lembro da sensação que tive ao voar sob POA. Pensei: A cidade de Elis!

Poder imaginar ou lembrar do que li sobre cada rua em que ela passou e estar fazendo o mesmo trajeto que ela fez um dia era extraordinário. Em frente a casa que ela morou me veio à cabeça algumas histórias sobre sua infância... Lembrei que ela estudava piano com uma vizinha, mas não tinha um pra estudar em casa. Os pais não eram pobres, mas também não eram ricos. Era uma família que, basicamente, usava todo o dinheiro em  comida. Para nada mais sobrava o salário do Sr. Romeu (pai de Elis). Estudar piano? Ter um piano? Era luxo demais. Então encerro com palavras da própria Elis:

"A vida não tem paetês. A gente é que inventa um brilho para ela ficar melhor. Quando eu era menina, lá em Porto Alegre, minha família teve que escolher: ou a gente comia ou comprava um piano para mim. O brilho que inventei então, sem piano, foi cantar e fazer de conta que era a maior cantora do Brasil." Elis Regina.


"Sou apenas o meu tipo inesquecível apesar de,ás vezes, me achar uma porcaria" (Elis Regina)